09 abril 2007

Trabalho e Dignidade

Não parece um título de Campanha da Fraternidade (aliás, já repararam como essa campanha sumiu da mídia?)? São palavras que deveriam ser interligadas, como se uma não pudesse existir sem a outra.

Não poderia ser mais diferente. Com a globalização da exploração e sendo este país um curral de mão de obra barata, a dignidade no trabalho é um privilégio de poucos. Em geral , as condições são as piores possíveis, ainda mais no setor público, onde os desígnios e desmandos seguem critérios espúrios ou psicóticos de sonhos de poder incomensurável.

Para que um trabalhador dê um basta e recuse essas condições, é preciso encarar o desemprego, por um período imprevisível. Subsistir (além do que já ocorre) é correr o risco de perecer. se tiver família, nem pensar.

O limite de resistência dos que trabalham e acham que não tem poder parece interminável. É assustador. Reparem que não falo do peão de obra apenas. Falo de todos, inclusive os gloriosos jovens universitários.

Para que as escolhas sejam feitas, é preciso correr riscos. Mas é bom lembrar que não se arriscar também é uma escolha. Ela pode ser mortal. Mais uma das formas de morte em vida.

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