O fenômeno Facebook atinge nossas vidas de diferentes
formas. Uma das mais importantes para mim foi a possibilidade de reencontrar
pessoas que eu não via há muito, e reuni-las para novos encontros muito
gratificantes.
Também é um excelente espaço para compartilhar (mais uma
palavra que ficou marcada pelo uso na internet no Brasil, seu significado não é clique aqui) suas fotos, idéias (sou
contra o acordo ortográfico, para mim idéia sempre terá acento), links de uma
forma mais instantânea e eficiente do que um blog como esse que você está
lendo. Provavelmente você veio para cá através de um link no Facebook...
Contudo, todo tráfego desta rede me chama atenção por dois
motivos: o primeiro é que milhões de pessoas em rede são antes de tudo, um
público alvo para vários mercados. Não é à toa que tantas empresas tem sua
página em uma rede “social”. E não há problema nenhum nisso, desde que você
tenha direito de escolha e direito à sua privacidade.
Recentemente algumas mudanças aconteceram na maneira como o Facebook
torna ou não públicos os seus posts. Não tem mais volta, mas verifique com
cuidado suas opções de privacidade. Algumas práticas como a ordem em que posts
aparecem em seu mural (eles são ordenados de acordo com políticas internas , envolvendo anúncios,
remuneração, relevância de acordo com suas preferências ), quem pode ver seus
posts se você não configurar sua privacidade e coisas assim. Alguns programas
permitem que você não fique totalmente refém desses detalhes como o Socialfixer .
Um outro motivo são as campanhas. O Facebook se tornou o
espaço favorito de muitas delas. Elas vão desde o simples “Se você gosta de A ,
clique em Curtir, se você gosta de B, clique em compartilhar” até movimentos
que se organizam por causa justas e dignas. O número de compartilhamentos de
ambos os extremos pode atingir dezenas
de milhares, ou até mesmo milhões.
O lado bom desse fato é que você consegue ver pessoas
totalmente distantes se unirem em torno de um motivo comum muito rapidamente,
facilitando a comunicação de uma forma impossível há alguns anos atrás.
O lado ruim é que clicar em compartilhar parece ser o
suficiente para que se fique com a consciência tranquila. A rede social deixa
de ser um instrumento de união para ser uma desculpa. “Ah, eu já compartilhei” “Rumo
à um milhão de compartilhamentos”.
O Facebook por si só, não muda nada. Torne pública sua indignação, isso
ajuda muito, o desabafo nos alivia. Mas não espere que o mundo mude apenas por
que você “Curtiu”.
Use a rede do Facebook com consciência. Pense antes de postar.
Decida se o que você está compartilhando é para alguns ou é público.
Um comentário:
Muto bom! Parece que vivemos a síndrome do BB - venha espiar um pouquinho e nesse mundo de espia-espia, há quem queira se mostrar e há que goste de olhar. Privacidade, hoje em dia, é aquilo que você define quem vai ver e esse número de videntes é cada vez maior.
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